Juventude Sem Terra se organiza na luta para permanecer no campo
A participação da juventude no MST é fruto de um processo de
construção coletiva, desde sua fundação em seus diferentes espaços, mas
sobretudo na luta e na organização.
Vivemos em uma realidade marcada de desafios, e ao falarmos
de juventude Sem Terra hoje, precisamos compreendê-la dentro do contexto em que
se encontra o desenvolvimento do capitalismo no campo, os limites e desafios
colocados para sua organização.
Trabalhar com a juventude é fundamental na construção de
qualquer projeto de sociedade. O MST é um movimento de luta e deve estar num
processo permanente de renovação, buscando formas de inserir as novas gerações
na luta pela transformação social.
A marcha nacional de 2005 pela Reforma Agrária foi um marco
da necessidade de construir espaços em que os jovens pudessem ter participação
mais orgânica no MST.
Neste processo se constroi a primeira Assembleia da
Juventude, que resultou na criação do Coletivo Nacional de Juventude do
MST.
A juventude realiza diversas lutas em torno da Educação do
Campo, trabalho e geração de renda, do direito de viver no meio rural e de
políticas públicas para a juventude.
Desde 2010, como expressão conjunta das lutas, se organiza a
Jornada Nacional da Juventude Sem Terra, em agosto. Este processo tem
possibilitado construir um programa de formação e mobilização da
juventude.
Construímos também articulações com as organizações da Via
Campesina e da juventude urbana em diversas lutas desde 2000, contribuindo na
construção do Coletivo da Juventude Campo e Cidade, e posteriormente do Levante
Popular da Juventude. E desde o ano passado contribuímos na organização da
Jornada de Lutas da Juventude Brasileira.
A questão da organização da juventude Sem Terra tem que ser
entendida na luta e na construção da Reforma Agrária Popular.
Neste sentido, a auto-organização é uma dimensão fundamental,
formando e ampliando os coletivos de juventude nos acampamentos e
assentamentos, nas escolas, cooperativas, grupos culturais e de produção entre
outras formas, para enfrentar os desafios do movimento e da Classe
Trabalhadora.
Assim faremos da III Assembleia Nacional da Juventude
durante o VI Congresso a expressão da criatividade, rebeldia e ousadia da
Juventude Sem Terra.
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