Aberta oficialmente a 5ª Semana Social Brasileira
Após dois dias de discussões e debates, encerrou na tarde desta quinta-feira, 11, no Centro Cultural de Brasília (CCB) o Seminário Nacional de Preparação da 5ª Semana Social Brasileira (SSB), encontro que reuniu cerca de 110 pessoas, de Pastorais e movimentos sociais de todas as regiões do país.
A partir do tema proposto para a 5ª Semana, “A participação da sociedade no processo de democratização do Estado – Estado para quê e para quem”, evento que foi aberto oficialmente com o Seminário Nacional e se estende até o primeiro semestre de 2013, as discussões contemplaram a conjuntura brasileira no que tange a democracia e participação social no processo de construção de uma nação mais igual.
As temáticas colocadas em debate foram importantes para gerar discussões e amarrar as bases teóricas e práticas da 5ª SSB, segundo o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Guilherme Werlang.
“O tema nos proporcionou discussões que justificam a realização da 5ª Semana Social Brasileira. Veio reafirmar que estamos diante de um momento propício no quadro social brasileiro em que vivemos para discutirmos a situação política do país”, disse dom Guilherme que ressaltou a urgência e necessidades apresentadas pelos participantes nos dois dias de Seminário.
“Percebemos nas falas e participações que as pessoas sentem a necessidade e urgência de discutir um Brasil igual para todos. Elas mostram anseio de participação no processo político deste país, fato que vem colaborar com a repercussão do evento junto à sociedade”.
Iniciadas em 1991, as SSB já fazem parte da agenda de discussões sociais do Brasil. Reunindo religiões, pastorais e movimentos sociais e de mulheres, o evento motivado pelo Pontifício Conselho para a Caridade, Justiça e Paz da Santa Sé e promovido em vários países no mundo em diferentes dinâmicas, será realizado mais uma vez com o objetivo de se lançar sobre as bases da sociedade brasileira, para fazer pensar e sugerir mudanças em um processo de trabalho que pretende, em longo prazo, educar para os direitos da sociedade democrática.
SSB pela construção de um novo Estado
Léa Costa, secretária das Pastorais Sociais no Regional Norte 2 da CNBB (Pará), explicou como se dá esse processo de realização da SSB na sua região. “É uma construção coletiva discutida em nível nacional e internacional que, a partir do diálogo, das relações interpessoais, chega às comunidades e se desenvolve num processo que educa e motiva para as mudanças”, sublinhou.
De acordo com Léa, por ser realizado dentro de um processo longo (quase dois anos), as SSB têm potencial de provocar a participação da sociedade nos processos políticos, além de resgatar temáticas antigas, como é o caso da participação democrática. “Por ser construído em conjunto com a participação de diferentes vertentes da sociedade, é um modelo viável que chega às bases a partir de discussões, fazendo com que a sociedade tenha elementos para pensar e construir um novo Estado a partir das reivindicações da própria base”.
Concorda com Léa o secretário executivo do Mutirão para a Superação da Miséria e da Fome da CNBB, padre Nelito Dornelas, nomeado articulador da 5ª Semana por dom Guilherme. “A partir das práticas libertárias que estamos construindo há anos com as SSB, não esperamos uma nova sociedade para o futuro, como que num passe de mágica, mas já estamos construindo ela hoje, colocando em primeiro lugar a defesa e a inclusão das pessoas”, justificou.
De acordo com padre Nelito, a 5ª Semana se realiza com uma posição bem definida, sob a ótica dos pequenos deste país. “Colocamos-nos ao lado dos excluídos, dos marginalizados para repensarmos uma nova sociedade, um novo Estado, tendo em vista toda a sua estrutura de transportes, educação, saúde, lazer, para que não venhamos a ter que voltar atrás depois”.
O membro da coordenação nacional do Grito dos/as Excluídos/as, Ari Albeti, vê como diferencial das Semanas Sociais Brasileiras o processo por que passa a sua organização antes, a participação durante e as definições e ações depois. Para ele, esse caminho e a continuação dos ideais das SSB passadas, criam bases para as propostas apresentadas no evento a cada ano. “As Semanas Sociais têm nos ensinado muito com essa ideia de processo porque facilita a participação das pessoas e incentiva para discutir o Estado que a gente quer: aquele que cumpre sua função social”.
Segundo Alberti, as funções do Estado ultrapassam aquelas garantidas hoje no Brasil. “O nosso povo ainda é tratado com benesses, com políticas assistenciais que são importantes, mas não suficientes. A nossa luta é para que as pessoas não só recebam, mas que façam parte do processo e possam se sentar à mesa num país de igualdade. Essa é a pressão que vai fazer a 5ª Semana Social Brasileira”, concluiu.
A partir do tema proposto para a 5ª Semana, “A participação da sociedade no processo de democratização do Estado – Estado para quê e para quem”, evento que foi aberto oficialmente com o Seminário Nacional e se estende até o primeiro semestre de 2013, as discussões contemplaram a conjuntura brasileira no que tange a democracia e participação social no processo de construção de uma nação mais igual.
As temáticas colocadas em debate foram importantes para gerar discussões e amarrar as bases teóricas e práticas da 5ª SSB, segundo o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Guilherme Werlang.
“O tema nos proporcionou discussões que justificam a realização da 5ª Semana Social Brasileira. Veio reafirmar que estamos diante de um momento propício no quadro social brasileiro em que vivemos para discutirmos a situação política do país”, disse dom Guilherme que ressaltou a urgência e necessidades apresentadas pelos participantes nos dois dias de Seminário.
“Percebemos nas falas e participações que as pessoas sentem a necessidade e urgência de discutir um Brasil igual para todos. Elas mostram anseio de participação no processo político deste país, fato que vem colaborar com a repercussão do evento junto à sociedade”.
Iniciadas em 1991, as SSB já fazem parte da agenda de discussões sociais do Brasil. Reunindo religiões, pastorais e movimentos sociais e de mulheres, o evento motivado pelo Pontifício Conselho para a Caridade, Justiça e Paz da Santa Sé e promovido em vários países no mundo em diferentes dinâmicas, será realizado mais uma vez com o objetivo de se lançar sobre as bases da sociedade brasileira, para fazer pensar e sugerir mudanças em um processo de trabalho que pretende, em longo prazo, educar para os direitos da sociedade democrática.
SSB pela construção de um novo Estado
Léa Costa, secretária das Pastorais Sociais no Regional Norte 2 da CNBB (Pará), explicou como se dá esse processo de realização da SSB na sua região. “É uma construção coletiva discutida em nível nacional e internacional que, a partir do diálogo, das relações interpessoais, chega às comunidades e se desenvolve num processo que educa e motiva para as mudanças”, sublinhou.
De acordo com Léa, por ser realizado dentro de um processo longo (quase dois anos), as SSB têm potencial de provocar a participação da sociedade nos processos políticos, além de resgatar temáticas antigas, como é o caso da participação democrática. “Por ser construído em conjunto com a participação de diferentes vertentes da sociedade, é um modelo viável que chega às bases a partir de discussões, fazendo com que a sociedade tenha elementos para pensar e construir um novo Estado a partir das reivindicações da própria base”.
Concorda com Léa o secretário executivo do Mutirão para a Superação da Miséria e da Fome da CNBB, padre Nelito Dornelas, nomeado articulador da 5ª Semana por dom Guilherme. “A partir das práticas libertárias que estamos construindo há anos com as SSB, não esperamos uma nova sociedade para o futuro, como que num passe de mágica, mas já estamos construindo ela hoje, colocando em primeiro lugar a defesa e a inclusão das pessoas”, justificou.
De acordo com padre Nelito, a 5ª Semana se realiza com uma posição bem definida, sob a ótica dos pequenos deste país. “Colocamos-nos ao lado dos excluídos, dos marginalizados para repensarmos uma nova sociedade, um novo Estado, tendo em vista toda a sua estrutura de transportes, educação, saúde, lazer, para que não venhamos a ter que voltar atrás depois”.
O membro da coordenação nacional do Grito dos/as Excluídos/as, Ari Albeti, vê como diferencial das Semanas Sociais Brasileiras o processo por que passa a sua organização antes, a participação durante e as definições e ações depois. Para ele, esse caminho e a continuação dos ideais das SSB passadas, criam bases para as propostas apresentadas no evento a cada ano. “As Semanas Sociais têm nos ensinado muito com essa ideia de processo porque facilita a participação das pessoas e incentiva para discutir o Estado que a gente quer: aquele que cumpre sua função social”.
Segundo Alberti, as funções do Estado ultrapassam aquelas garantidas hoje no Brasil. “O nosso povo ainda é tratado com benesses, com políticas assistenciais que são importantes, mas não suficientes. A nossa luta é para que as pessoas não só recebam, mas que façam parte do processo e possam se sentar à mesa num país de igualdade. Essa é a pressão que vai fazer a 5ª Semana Social Brasileira”, concluiu.
Fonte: www.cnbb.org.br
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