São Paulo sediou, entre os dias 26 e 28 de março, o 12º Encontro Nacional de Articuladores do Grito dos Excluídos. Cerca de 37 pessoas, representando 18 estados e 13 entidades que compõem a coordenação da iniciativa participaram.

Um dos objetivos do encontro foi preparar os articuladores estaduais para a organização do 16º Grito dos Excluídos, que tem como lema “Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular”.

Três momentos marcaram o encontro: no primeiro dia os participantes foram convidados a somar elementos para uma análise de conjuntura, em nível local, nacional e internacional, tendo como enfoque a avaliação do Grito, seus desafios, perspectivas, e, depois, foi dedicado ao aprofundamento do Projeto Popular, através de uma análise metodológica que privilegia o estudo de diversos olhares sobre o poder e os direitos de cidadania. No restante do tempo, a pauta girou em torno das sugestões para a organização concreta do Grito de 2010.

A 16ª edição do Grito será marcada por duas forças motrizes: a vida e os direitos, por um lado, e a participação no Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra, por outro. De uma parte, destacou-se a violência que vem exterminando a juventude brasileira; a Campanha da Fraternidade deste ano; o processo eleitoral, centrando a discussão em critérios éticos para a construção de uma democracia popular.

Durante o encontro insistiu-se também pela necessidade de uma metodologia que supere uma linguagem verbalizada, em vista das linguagens populares diversificadas, tais como, o teatro, a dança, a poesia, a música, o repente; da descentralização geográfica do Grito.

No dia 28, encerramento do encontro, concluiu-se por dois símbolos nacionais, a serem enriquecidos por outras formas de simbologia local ou regional: a constituição brasileira com a inscrição: onde estão os nossos direitos, como forma de levar a sério os direitos garantidos em seu texto e o globo, chamando a atenção para o grito da vida no planeta terra em todas as suas formas, biodiversidade.


Fonte: www.cnbb.org.br