Jufra do Brasil participa do 4º Seminário da Semana Social Brasileira
A Jufra do Brasil está presente no 4ª Seminário de
preparação para a 5ª Semana Social Brasileira, que acontecerá em todo o país,
no período de 2 a 5 de setembro de 2013. O seminário é uma promoção da Comissão
Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB e
reúne representantes dos Regionais, movimentos sociais, entidades ecumênicas e
grupos tradicionais como os indígenas e quilombolas.
O 4º Seminário está organizado em diferentes eixos de trabalho,
além de momentos de espiritualidade, estudos e partilha. Contará com dois
painéis, um tratando do “Estado Brasileiro: avanços, limites e desafios”, com a
assessoria do sociólogo, Pedro Ribeiro de Oliveira e, outro sobre “A construção
do Estado do bem viver”, com o teólogo, Paulo Suess. O evento conta ainda com a
participação dos assessores da Comissão para o Serviço da Caridade da CNBB, Pe.
Ari Antônio dos Reis e Pe. Nelito Nonato Dornelas.
Dom Guilherme Antônio Werlang, presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB,
explica que o seminário tem sua importância por reunir a participação “de
outras igrejas, dos movimentos sociais, dos sindicatos e das forças vivas da
sociedade que querem de fato discutir o Estado Brasileiro”. Setores da
Juventude, como PJ, JUFRA, JOC, PJE e PJMP, participam do encontro onde terão
um espaço para relatar as atividades do movimento dentro do contexto social.
Vale destacar que em setembro, a 5ª Semana Social Brasileira pretende reunir
mais de 250 pessoas que estão engajadas neste trabalho, que virão de diferentes
partes do país, como católicos, evangélicos, membros de organismos sociais não
vinculados a nenhuma igreja, do sindicalismo brasileiro, entre outros
interessados.
Sobre o tema da 5ª Semana Social que é uma iniciativa CNBB
com toda a sociedade Brasileira, dom Guilherme recorda que essa é uma
preocupação, bem anterior da Igreja, em fomentar a reflexão de um Estado para
todos, principalmente para os menos favorecidos socialmente. “O Estado está a
serviço muito de interesses particulares e ainda não é um Estado para todos os
brasileiros”. De acordo com o bispo, a temática vem sendo discutida a mais de
um ano e meio, tratando especificamente da realidade do Estado Brasileiro. Em
2010, a Comissão Episcopal propôs aos bispos na Assembleia Geral, o tema
“Estado para quê e Estado para quem”, e houve um acolhimento.
Os grupos envolvidos pretendem lançar a discussão para a
sociedade “do Estado que temos para o Estado que queremos”, a partir das
construções coletivas dos movimentos sociais e outras articulações, bem como
gestos concretos que poderão ser assumidos nacionalmente. “Não podemos estar
presos ao dinheiro. Hoje a humanidade está sendo vitime do sistema econômico
mundial e, aqui no Brasil, o Estado muito vezes serve a interesses de
organismos e organizações particulares, como as multinacionais, em detrimento a
atenção às necessidades do povo brasileiro”, destacou dom Guilherme.
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