Dezenas de representantes de movimentos sociais, sindicatos, pastorais sociais e organizações, reuniram-se, nesta manhã de sete de setembro, para celebrar a 13ª edição do Grito dos/as Excluídos/as na cidade de São Paulo.

Com o lema “Onde estão os nossos direitos?” e sob a chuva que atingiu a cidade de São Paulo neste dia, diversas manifestações ocorreram denunciando a situação de exclusão e de negação dos direitos que vivem milhares de pessoas em todo o país.

Muitas manifestações denunciaram a falta de acesso da maioria da população à habitação digna e de qualidade, o que tem levado centenas de pessoas às ruas por todo o Brasil. Particularmente, em São Paulo, Anderson Lopes, do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, lembrou que a política higienista que vem sendo adotada pela atual gestão tem expulsado a população em situação de rua do centro, de forma violenta, tomando seus pertencentes e documentos.

Lembrou-se, também, dos trabalhadores e trabalhadoras desempregados; da forme que ainda vitimiza milhares de pessoas no mundo; da situação indígena com a construção da Usina Belo Monte no Rio Xingu; do extermínio de jovens pobres e negros nas periferias; dos pequenos agricultores familiares pressionados pelo agronegócio e pela monocultura; e, de tantas outras formas de violência e opressão.

Mas, o Grito dos/as Excluídos/as, além da denúncia, traz também a luta e as esperanças da população organizada nos movimentos e grupos, que celebram suas vitórias e conquistas do dia-a-dia. Como bem colocou Paulo Pedrini pelo Fórum das Pastorais Sociais da Arquidiocese, ”o Grito nos une e nos fortalece, na certeza de que é preciso lutar para construir um novo modelo de sociedade”.

Por conta da chuva, o Grito não realizou sua tradicional caminhada até o Monumento do Ipiranga no Parque da Independência. O ato ocorreu na Praça da Sé que concentrou a população nas escadarias da Catedral.


Fonte: www.franciscanos.org.br