“Muito triste é pensar que a natureza fala e que o homem não a ouve”

“Hoje acordei cedo, contemplei mais uma vez a natureza
A chuva fina chegava de mansinho
O encanto e aroma matinal traziam um ar de reflexão
Enquanto isso, o meio ambiente pedia socorro
Era o homem construindo e destruindo a sua casa
Poluição, fome e desperdício deixam o mundo frágil e degradado
Dias mais quentes aquecem o ‘planeta água’
Tenha um instante com a paz e a harmonia
Reflita e preserve para uma consciência coletiva
Ainda há tempo, cuide bem da natureza”
(Gleidson Melo)

No cantinho mais ao sul do Brasil a reflexão sobre a Campanha da Fraternidade 2011 – tema: Fraternidade e a Vida no Planeta; lema: "A Criação geme em dores de parto" – também se fez presente. Na Fraternidade da Juventude Franciscana de Santa Maria no Rio Grande do Sul, os jovens tiveram um encontro para refletir e pensar ações. Um dia todo voltado para clarificar a situação atual do planeta e os causadores dos principais problemas sócio-ambientais enfrentados.

A juventude respondeu a um questionário, apontando as situações ambientais calamitosas que lhes causam mais inquietude na comunidade e em nível nacional. Discutiram também os motivos desses fatos e quais as ações que tem sido ou não cumpridas em relação aos problemas e o que ainda pode ser feito a curto, médio e longo prazo. Segundo as respostas, reafirmando o que já senso comum, os problemas englobam várias causas. Entre elas, a poluição de diversas formas, da sonora a ambiental, os assaltos, as más condições sociais impostas aos menos favorecidos, o desmatamento, a caça predatória e o desperdício de energia elétrica. Ainda como afirmado pelos jovens, as causas, felizmente – já que por esse motivo é possível a solução, são culpa da humanidade. A ambição, a ganância, o egoísmo, a falta de ação, o descaso, todos esses sentimentos mal resolvidos do ser acabam o destruindo, aos poucos. E por fim, quando a pergunta abordava as soluções, as respostas vieram com as ações da CNBB, como a campanha da Fraternidade, as ONGs. Mas no que tange as demais parcelas da população, nada se tem feito. Com o que ainda é possível agir? Com campanhas incansáveis nas escolas, nas ruas, nas faculdades, nos meios de comunicação. Nos grupos de jovens. Ajudar a fiscalizar do modo que for possível as grandes empresas, para que cumpram suas responsabilidades sociais. No que diz respeito a soluções, a longo prazo: Comprometimento e Educação Ecológica – para evitar ideias como “enquanto não acontecer algo desagradável para a pessoa, ela não vai tomar nenhuma atitude para salvar o planeta”; a médio prazo: Eco-lixo – recolhimento do lixo para reciclagem – e atitudes imediatas – economia de água; a curto prazo: leis de proibição com multas e fiscalização efetiva.

Para reforçar os atos a Fraternidade cantou o Hino da Campanha da Fraternidade 2011 e fez também a oração da Campanha. Além disso, a discussão sobre o tema não parou por aí, refletindo sobre os objetivos e conseqüências, apontando soluções. “(...)uma ação conjunta de reflexões, preces e mobilização sobre o gravíssimo problema do aquecimento global e as mudanças climáticas.” O objetivo “(...) conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade, motivando-as a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preserva as condições de vida no planeta.”


Luiz Valério - Sub Local de Comunicação
Fraternidade de JUFRA Utopia - Santa Maria/RS