A vida na Terra depende totalmente da água e o ser humano necessita no mínimo de 50 litros diários. Mas existem desigualdades nos padrões de seu consumo. Um cidadão americano consome em média 250 a 300L de água diários e em outros países ele sobrevive com menos de 9L diários.

Mais de milhões de pessoas carecem do acesso a água potável e 2.400 milhões carecem de saneamento adequado. Há 31 países que padecem da carência de água, e outros 17 irão ser adicionados a esta lista até 2025. Esta situação levará a água a um papel muito importante neste século, como o petróleo foi no século passado, tornando seus mercados tão valiosos e politizados, como aquele dos combustíveis fósseis.

A demanda mundial da água vem duplicando a cada vinte anos, em ritmo duas vezes maior do que a taxa de crescimento populacional mundial. A água para o consumo humano não está disponível devido sua escassez e por estar contaminada e/ou poluída, em conseqüência das inúmeras atividades humanas. As mudanças climáticas e desertificação também vêm afetando a disponibilidade de água. O seu acesso é um direito humano e nada e ninguém deve se apropriar deste direito.

As empresas transnacionais vêm tendo lucros imensos e acessos cada vez maiores à privatização, ao condicionarem seus auxílios aos países pobres e em desenvolvimento. Muitos travam batalhas contra esta privatização propondo novos modelos de propriedades e gestão baseados em sistemas comunitários, adequados as necessidades das populações mais pobres.

Outros se concentram quanto a diminuição do consumo, na reutilização da água e na restauração dos rios. Nos países de primeiro mundo, o oferecimento de água potável é público, contudo, para países pobres, existem Instituições Internacionais incentivadoras da privatização dos serviços de água potável, porque alegam que seus setores públicos são supostamente incompetentes.

Mesmo com a diferença dos enfoques econômicos convencionais, questiona-se os padrões do uso da água. Tem sentido regar os jardins ou lavar os automóveis com água potável, enquanto a escassez da água é cada vez maior? Medidas imediatas devem ser efetivadas: resolver os desequilíbrios entre a oferta e a demanda; propor formas inovadoras para satisfazer as necessidades humanas da água; conservar a qualidade e quantidade da água; inverter as práticas convencionais de planejamento, projetando metas específicas viáveis e convenientes, com tecnologias limpas e maior democracia nas decisões relativas ao uso da água.

Convocamos o caro leitor para participar de uma gestão comunitária da água, enquanto que os verdadeiros responsáveis continuam com seus “preciosos” discursos, atividades morosas devido ao escasso recurso financeiro (?), buscando somente destaques pessoais, além dos ciúmes de competências. Não é difícil, mude seus hábitos, não se esconda no princípio de que outros não fazem, porque eu deverei fazer. COLABORE.


Tiago Bispo da Silva
Fraternidade de JUFRA Sementes da Paz
Itabuna-BA