Apagar as luzes das 20h30 às 21h30 no próximo sábado, 26. Esse é o pedido da ONG WWF para que o mundo demonstre sua preocupação com o aquecimento global. O projeto busca se diferenciar pelo uso de menos energia na chamada de atenção, em vez do protesto através de mais gasto. "Apague a luz para ver um mundo melhor" é o mote que traduz essa lógica.

Criada em 2007, na Austrália, e aberta para o mundo a partir de 2008, a iniciativa bate recordes ano a ano. Em 2010, 128 países, 4.211 cidades e mais de um bilhão de pessoas apagaram as luzes durante a Hora do Planeta. Até o Google demonstrou seu engajamento e trocou a cor de fundo do site para preto. Neste ano, 13 novos países aderiram ao ato. Os sete continentes e todos os componentes do G-20 também estão representados. No site da campanha (www.horadoplaneta.org.br) é possível declarar sua participação e também ver os inscritos deste ano.

Brasil

O país participa pelo terceiro ano consecutivo, com 60 cidades, incuindo onze capitais, inscritas para a celebração. Nos Arcos da Lapa, Rio de Janeiro, a hora será de festa com shows de Tony Garrido, baterias da Mangueira, Portela, Grande Rio e União da Ilha. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, estará presente para desligar simbolicamente as luzes da cidade.

A iluminação da barragem da Itaipu Binacional , um dos atrativos turísticos da usina, também não vai funcionar - para evitar problemas, a rede hoteleira e as agências de viagem precisaram ser avisadas da adesão à campanha. No Distrito Federal, os monumentos da capital brasileira ficarão com as luzes apagadas.

Além da Hora

Nesta edição, a ONG criou uma plataforma de informação que pretende estender a atenção da causa pelo resto do ano. Com a "60+" (www.beyondthehour.org), os participantes da Hora do Planeta são convidados a repensar seu cotidiano. Segundo a WWF, "cada tonelada de lixo gerada pelo consumo, por exemplo, resulta em média de vinte toneladas de resíduos associadas à extração de recursos naturais e de cinco toneladas durante a industrialização."

A cadeia do consumo está estritamente ligada ao aquecimento global - pela emissão de carbono vinda tanto do desmatamento e da indústria, quanto dos aterros sanitários. Entre tantos degraus para se alcançar uma rotina mais sustentável, o primeiro passo sugerido pela iniciativa chama "recicle-se" e remete aos "Rs" do consumidor consciente : "reduzir, reutilizar e reciclar. Essas são ações concretas que todos nós podemos fazer para minimizar o nosso impacto no meio ambiente".

Veja o vídeo oficial da campanha de 2011 em www.youtube.com/watch?v=-WTJmkcUHvI


Fonte: www.revistamissoes.org.br