No início do mês de fevereiro, a capital do Brasil (Brasília) foi palco de diversas atividades contra a liberação das obras do complexo hidrelétrico de Belo Monte.

No dia 07/02 aconteceu o Seminário “A Hidrelétrica de Belo Monte e a Questão Indígena”, onde foram discutidos os impactos que a construção de Belo Monte acarretará na vida dos povos indígenas e ribeirinhos, além da flora e fauna nativa. O seminário aconteceu no Auditório do Memorial Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília (UnB).

O seminário contou com a presença e exposição de depoimentos dos líderes dos povos indígenas, Cacique Raoni Metuktire, Megaron Txukarramãe, Yabuti Txukarramãe e Josinei Arara, do Movimento Xingu Vivo, Antônia Melo da Silva e do Ministério Público Federal, a subprocuradora geral da República, Deborah Duprat. Além dos antropólogos João Pacheco de Oliveira Filho, do Museu Nacional, Gustavo Lins Ribeiro, da UnB, Bela Feldman-Bianco, da Unicamp, Sonia Magalhães, da UFPA, e Andréa Zhouri, da UFMG.

A fala-consenso do Seminário era que estavam ali lutando não contra o desenvolvimento, mas sim a favor da vida e que todos nós seremos “afogados” ou seja, seremos atingidos direta ou indiretamente com a construção de Belo Monte.

Já no dia 08/02, indígenas, ribeirinhos, ameaçados e atingidos por barragens, lideranças e movimentos sociais, religiosos e artistas promoveram um ato público na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional, e depois seguiram em passeata ao Palácio do Planalto. Lideranças foram recebidas pela secretaria-geral da Presidência da República e entregaram mais de meio milhão de assinaturas contra a obra, que foram recolhidas virtualmente pelo Avaaz e uma carta à Presidente.

Dizia um trecho da petição: “Nós pedimos que a senhora impeça a construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. Ao invés deste projeto desastroso, do ponto de vista ambiental, social e econômico, por favor, invista em eficiência energética e fontes verdadeiramente limpas e renováveis; proteja os direitos de populações indígenas e comunidades locais; e apoie o desenvolvimento sustentável que protege vidas e ecossistemas”.

A Juventude Franciscana do Regional Centro (DF/GO/TO) querendo realmente fazer a diferença no mundo e dando sua contribuição na luta em defesa da vida, fez-se presente nos dois eventos, juntamente com as Pastorais Sociais da Arquidiocese de Brasília e com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).

Queremos, como São Francisco e Santa Clara, ser instrumentos de PAZ E BEM.


João Batista Gomes Macedo
Sub Reg de Formação – Regional Centro (DF/GO/TO)